domingo, 7 de agosto de 2011

Especial História do Japão - Período Nara

Boa noite minna, desculpem os atrasos de hoje, mas muita coisa acontecendo...

Continuando com a História do Japão...

Desde o Período Yamato era costume, cada soberano, quando tomava a posse, trocar a residência e a "sede" governamental. Porém isso foi fazendo com que as relações diplomaticas ficassem mais complexas, exigindo que tivessem uma capital permanente. Por esta Razão, em torno de 710 foi construida a capital em Nara (dando assim, o nome ao Período), a qual se tornou o centro político e cultural do Japão naquela época.

 Nas relações com o exterior, o Japão procurou estreitar os laços de amizade com a China para adquirir os elementos culturais mais desenvolvidos. Diplomatas e estudiosos foram enviado ao país vizinho. Foram eles que trouxeram a sabedoria do continente, a qual veio enriquecer o movimento de Nara.
     Entretanto, se na capital florescia a rica cultura chinesa, os camponeses, em sua maioria, se encontravam em plena miséria porque, além de contribuírem com os impostos sobre a terra e a produção, eram obrigados a executar diversos trabalhos para o governo provincial e os homens tinham, ainda, que prestar o serviço militar. Isto fez com que muitos lavradores abandonassem suas terras, tornando-se vagabundos e, como conseqüência, a produção de viveres começou a sofrer considerável queda. Esta situação deu oportunidade ao surgimento de muitos latifundiários que vieram a se unir aos aristocratas de grande influência e desfrutar de uma posição privilegiada na sociedade. Kojiki, Nihon-shoki e Manyô-shu. Antigamente, no inicio do Império, o Japão não possuía o alfabeto. Para documentar os acontecimentos da corte, havia um oficial encarregado de guardar tudo na memória. Aquele cargo era transmitido de pai para filho, para que os fatos sucedidos pudessem ser rememorados com exatidão.
No ano 712, quando a grafia chinesa foi adotada no Japão, Oo-no Yassumaro fez com que todos os acontecimentos memorizados por Hieda-no Are fossem transcritos, compilando assim os três volumes de Kojiki, o primeiro livro da história do Japão. Naquela obra encontram-se documentadas a mitologia sobre a criação do arquipélago nipônico e as primeiras crônicas da “Terra dos Deuses”, como também as lendas das conquistas do Império Yamato. Mais tarde, em 720, o Príncipe Toneri convocou um grupo de estudiosos que compilaram o Nihon-shoki, em 30 volumes, baseando-se no Kojiki e acrescentando alguns dados colhidos em várias regiões do país.
     Além desses dois clássicos, foram escritas e compiladas muitas obras célebres; entre elas, o Manyô-shu, em 20 volumes, na qual se encontram milhares de poesias japonesas de estilo “waka” (literalmente significa poesia em japonês), de 31 sílabas. Os autores dos verses pertenciam às diversas classes sociais, desde o Imperador até o simples lavrador. Por isso, pode-se considerar o Manyô-shu como uma verdadeira antologia em todos os sentidos.

O primeiro grupo de diplomatas do Império Yamato foi enviado à China no governo do Príncipe Shotoku. Muitos monges e estudantes fizeram parte da comitiva a fim de adquirir as novas idéias do continente, de que o Japão tanto necessitava.
     Anos depois, a dinastia Tang substituiu a de Sui, no governo da China, porém em nada se alterou o intercâmbio com o Japão, que continuava enviando os diplomatas em busca da sabedoria.
     No início dos contatos diplomáticos com o Continente Celeste, as frotas japonesas costeavam a península coreana para alcançarem determinado porto da China. Todavia, depois de Silla (país inimigo do Japão), ter conquistado o território coreano, as naus de Yamato foram obrigadas a fazer uma trajetória diversa: atravessar o imenso Mar da China, que apresentava perigos sem conta, como tempestades e calmarias, o que tornava as viagens muito inseguras. Mesmo assim, nada impedia os estudiosos de enfrentar toda e qualquer espécie de obstáculos para alcançar o seu objetivo. Muitos foram vitimados, ao passo que outros conseguiram trazer à sua terra natal aquilo pelo qual almejavam.

Está ai, algumas características e acontecimentos do Período Nara

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